5 de abril de 2011

Primavera

Pimavera, tempo do amor, do calor, da paixão.
Os casais namoram e jogam esse jogo de sedução, de encantamento, de deliciosa descoberta. As aves voam... E eu, que não sou ave, voo também. Não estou aqui; a aula acontece, a professora lê um texto qualquer (nem sei qual, reconheço) e nem oiço. Oiço o meu bater de asas para longe, tão longe! Nem sei de mim, para onde voo, para onde quero voar. Apenas pairo e viajo por aí... Núvens de ideias, brisas frescas de novidades, calor das paixões dos sonhos. E não só voo, como danço. Danço até adormecer. E, continuando a sonhar, mas agora nesse sono tranquilo e sereno, encontro-te. E olho-te, revendo-te, como se nunca te tivesse olhado. E lá estás tu, fantástico, como sempre. És fantástico! E eu fantástica me sinto só de te olhar. Só de te ver sinto magia, um arrepio quente e frio, uma calma perturbante. Durmo agora no teu colo e tu seguras-me com terna segurança. Sou agora criança insegura, mas tranquilizas-me e cresço contigo, cresço em ti. E a tua voz... Nem palavras conheço para descrevê-la... Única, sibilante, profunda, calmante, embala-me, aconchega-me, sossega-me.
Não quero sair do teu colo, não quero adormecer, não quero mais voar. Só poisar em ti e aí ficar. Para sempre.

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