10 de novembro de 2008

castelos de areia...

" - Por favor... Prende-me a ti! - acabou finalmente por dizer.
- Eu bem gostava [...], mas não tenho tempo. Tenho amigos por descobrir e uma data de coisas para conhecer...
- Só conhecemos as coisas que prendemos a nós - disse a raposa. - Os homens, agora, já não têm tempo para conhecer nada. Compram as coisas já feitas nos vendedores. Mas como não há vendedores de amigos, os homens já não têm amigos. Se queres um amigo, prende-me a ti!
- E o que é preciso fazer?
- É preciso teres muita paciência, Primeiro sentas-te um bocadinho afastado de mim, assim, em cima da relva. Eu olho para ti pelo canto do olho e tu não dizes nada [...] todos os dias te podes sentar um bocadinho mais perto..."

"Principezinho", Saint - Exupéry

Acordei de mau-humor. Já ouviram falar na terapia de ler? Pois bem... Impelida pela vontade de me sentir bem disposta, quis reler "O principezinho". É daqueles livros que tenho sempre à mão. Pela sua simplicidade, mostra-nos a verdade da vida.
Acima encontra-se o meu excerto preferido, é nele que aprendemos a contruir uma (relação de)amizade.

Uma relação pode ser difícil de contruir, como um castelo de areia. Primeiro começa frágil, com pequenos grãos que voam à primeira brisa. Depois, com o tempo, vamos juntando condimentos (no castelo de areia, água por exemplo) até se tornar daquela areia dura e sólida, aquela que se encontra à beira-mar. Aí, quando passa de frágil a areia dura, mesmo com a maior das ventanias, o castelo não desaba. E mesmo que os grãos se queiram começar a soltar, lá estaremos nós, com a pá sempre à mão, para os voltar a juntar.

2 comentários:

a(muse) disse...

Os ventos do norte podem parecer terríveis, mas são apenas brisas quando se antecipam furacões. Toda a sorte do mundo para esse castelo ;)

« » disse...

Que lindo!!