Ainda sou tua,
O meu corpo ainda é teu,
O espelho ainda reflecte a tua imagem.
Gostava de já não ser tua,
Gostava que o meu corpo já não te pertencesse,
mas pertencesse a quem nunca deveria ter deixado de pertencer,
a mim.
É difícil reconhecer-me de volta,
aceitar-me de novo,
acolher-me outra vez.
Como a mãe que rejeita a cria,
apesar de ser sua.
Porque já cresceu, já está diferente, já não a reconhece.
Assim sou eu,
Já não me reconheço.
Porque um dia fui tua,
Porque ainda o sou.
13 de outubro de 2010
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